Mesmo com o recesso parlamentar em vigor, deputados do PL decidiram agir diante da escalada autoritária contra Jair Bolsonaro. Em um gesto de resistência política, duas comissões importantes da Câmara se reunirão nesta terça-feira (22) para aprovar moções de apoio ao ex-presidente e repúdio às decisões do STF que vêm sendo vistas como perseguição escancarada.
Na Comissão de Segurança Pública, liderada pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), será votada uma moção que denuncia a perseguição judicial contra Bolsonaro e seus efeitos diretos na estabilidade da ordem pública. A proposta visa colocar o Congresso como defensor das garantias individuais, diante de abusos crescentes praticados pelo Judiciário.
Simultaneamente, a Comissão de Relações Exteriores, presidida por Filipe Barros (PL-PR), também reagirá com firmeza. Estão na pauta um texto de repúdio contra o STF, de autoria de Evair Vieira de Melo (PP-ES), e um louvor à trajetória de Bolsonaro, apresentado por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) — que também lidera a bancada do PL na Casa e foi o primeiro a pedir a suspensão do recesso após a operação da PF.
A movimentação dos parlamentares enfrenta diretamente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que queria manter o recesso sob a desculpa de “obras” no Congresso. A resposta do PL foi clara: não há obra mais urgente que defender a democracia e a liberdade de um líder que representa milhões de brasileiros.
Enquanto o STF tenta isolar Bolsonaro com tornozeleira, censura e restrições absurdas, o PL se mobiliza como uma verdadeira barreira contra o autoritarismo. A terça-feira promete ser um marco no embate institucional que se agrava a cada dia.