O senador Marcos Rogério (PL-RO) se posicionou com firmeza contra o projeto de lei complementar (PLP 177/2023), que prevê o aumento do número de deputados federais no Brasil. A proposta, aprovada pela Câmara no início de maio, aguarda agora votação no Senado. Para o parlamentar, discutir ampliação de vagas no atual cenário é um absurdo completo e fere diretamente o interesse público. Ele foi direto: “Queremos reduzir gastos, não inflar ainda mais o Congresso.”
Marcos Rogério destacou a incoerência dos parlamentares que, por um lado, dizem defender responsabilidade fiscal e, por outro, aprovam medidas que aumentam despesas públicas. Para ele, esse projeto vai na contramão da lógica e da coerência com o discurso de austeridade. “Como justificar isso ao povo enquanto combatemos aumento de impostos e cobramos eficiência no uso do dinheiro público?”, questionou em tom indignado.
O senador também lembrou que a Constituição já prevê um modelo de representação baseado na proporcionalidade populacional, com limites bem definidos: no mínimo oito e no máximo 70 deputados por estado. O que precisa ser feito, segundo ele, é apenas o ajuste nas distribuições conforme o crescimento ou redução populacional em cada unidade da federação — e não criar mais cargos para agradar partidos ou alimentar estruturas políticas.
Ele ainda alertou que, além de desnecessária, a proposta afronta o bom senso. Em um momento em que o país enfrenta dificuldades fiscais e a população exige cortes de privilégios, aprovar o aumento de deputados seria um tapa na cara do povo brasileiro. “Isso não tem justificativa técnica, nem moral. Vai contra a lógica do interesse nacional”, finalizou. Sua fala ecoa o sentimento de milhões que rejeitam mais gasto público para sustentar a máquina política.
Caso o projeto avance no Senado, deve enfrentar forte resistência por parte da oposição e da população. O clamor por enxugamento da estrutura estatal é crescente, e qualquer iniciativa que vá na direção oposta será interpretada como descaso com o contribuinte. O Senado tem agora a chance de barrar esse retrocesso e mostrar que ainda há quem defenda o Brasil de verdade — e não apenas os próprios interesses.