
A tese de tentativa de golpe armada contra Bolsonaro acaba de sofrer um duro golpe. A Revista Veja revelou que Mauro Cid vazou parte de sua delação ao advogado Eduardo Kuntz, defensor do coronel Marcelo Câmara — outro alvo das investigações conduzidas pelo STF. A revelação expõe a gravidade da farsa e enfraquece ainda mais a credibilidade da delação usada para perseguir politicamente aliados do ex-presidente.
No material entregue ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa de Câmara inclui mais de 50 páginas de conversas entre Kuntz e Cid, feitas por meio da conta clandestina @gabrielar702 no Instagram. As mensagens demonstram que o delator compartilhou informações sigilosas com outro réu, o que representa violação direta do acordo e torna inválidas todas as provas derivadas. O próprio Kuntz registrou tudo em ata notarial para se proteger de uma possível armação.
A publicação também enterra a narrativa da defesa de Cid, que alegava “fake news” sobre o vazamento das mensagens. Agora, com o nome do interlocutor confirmado e a íntegra do conteúdo protocolada no STF, fica evidente que Cid mentiu à Polícia Federal e ao próprio Supremo. Além disso, usou apelidos para debochar de seus próprios advogados e se referiu ao ministro Moraes como “Kadafi do Judiciário”, revelando o nível de descrédito com o sistema que ele próprio ajudou a alimentar.
Em outro trecho explosivo, Cid afirma que Lindôra Araújo, então vice-procuradora-geral, o alertava sobre investigações. E vai além: segundo ele, mesmo após um relatório da PF não encontrar nada contra ele em 2021, Moraes teria ordenado reanálises semanais até surgirem supostas evidências. Ou seja, perseguição explícita travestida de investigação, onde qualquer transferência ou conversa virava “hipótese criminal”.
A verdade vem à tona com força: a delação de Mauro Cid foi forjada sob pressão, descumprida e contaminada por mentiras. O conteúdo entregue ao STF por Kuntz destrói o enredo montado para incriminar Bolsonaro e seus aliados. E o povo começa a enxergar com clareza que essa “investigação” nunca foi sobre justiça, mas sim sobre vingança, poder e controle.