O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, bloqueie o salário e todas as verbas de gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES). A medida decorre do descumprimento de ordens judiciais, incluindo a viagem aos Estados Unidos sem autorização da Corte, apesar de ter o passaporte diplomático retido.
Na manhã de segunda-feira (4 de agosto de 2025), ao retornar ao Brasil, o senador foi recebido pela Polícia Federal em Brasília e teve uma tornozeleira eletrônica instalada. Ele desembarcou vindo da Flórida, contrariando determinação prévia do STF. A operação também incluiu apreensão do passaporte diplomático, bem como bloqueio de contas, ativos e limites financeiros.
Além do congelamento salarial, Moraes também ordenou o bloqueio de bens, contas bancárias, investimentos, cartões de crédito e débito, chaves Pix, e ativos como imóveis, veículos, embarcações e aeronaves. O objetivo é impedir qualquer movimentação financeira do senador sem autorização judicial, ampliando o conjunto de sanções cautelares já em vigor.
De acordo com a decisão, Marcos do Val ficará proibido de usar redes sociais — pessoalmente ou por terceiros — e deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno. Sai apenas para sessões no Senado fora do horário limite. Descumprimento de qualquer dessas medidas pode resultar em prisão preventiva, segundo determinação expressa do ministro.
Em síntese, Moraes ampliou severamente as medidas cautelares contra Marcos do Val: além da tornozeleira, o bloqueio rigoroso do salário e das verbas do Senado foi acionado por ordem do STF, cumprido via Alcolumbre. O objetivo é garantir controle sobre seus recursos e impedir nova violação de decisões judiciais.