
O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a demonstrar seu hábito de ultrapassar os limites da diplomacia. Segundo informações do jornal francês Le Monde, o líder europeu estaria tentando influenciar a eleição do próximo Papa, o que causou um mal-estar evidente dentro do Vaticano. Essa suposta movimentação política de Macron levanta sérias dúvidas sobre sua compreensão — ou desprezo — pelas tradições e soberania da Igreja Católica.
Macron teria participado de um jantar na embaixada da França junto à Santa Sé com cardeais influentes e membros da Comunidade de Sant’Egidio, grupo católico progressista próximo ao Papa Francisco. Entre os presentes, estava o cardeal Jean-Marc Aveline, de Marselha, considerado por muitos como um possível sucessor ao trono de Pedro. A presença e o conteúdo dessas conversas têm gerado inquietação nos bastidores do Vaticano.
O problema é que, ao que tudo indica, Macron estaria tentando garantir que a linha ideológica progressista continue no comando da Igreja, caso ocorra uma sucessão papal nos próximos anos. Isso afronta não apenas a neutralidade que a França alega ter em assuntos religiosos, mas também a autonomia da Igreja, que tradicionalmente se protege desse tipo de ingerência externa. O caso tem repercutido mal entre setores conservadores da Igreja e da política internacional.
Essa não é a primeira vez que Macron se mete onde não é chamado. Durante o governo Bolsonaro, tentou ditar regras sobre a Amazônia e foi devidamente rebatido pelo então presidente brasileiro. Mais recentemente, tentou se inserir em uma conversa entre Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky — e acabou sendo cortado ao vivo pelo ex-presidente norte-americano, num momento que foi visto como humilhante para a diplomacia francesa.
A atuação de Macron, que cada vez mais se revela um globalista militante, reforça a necessidade de vigilância por parte de lideranças conservadoras. Se o futuro da Igreja Católica depender de articulações políticas como essa, corre-se o risco de a fé ser instrumentalizada por agendas ideológicas. O momento exige clareza e firmeza: nem Macron, nem qualquer outro chefe de Estado, deve influenciar nas escolhas do colégio cardinalício.