Lula aproveita viagem de Janja para receber “visita proibida” e demitir amiga íntima da 1ª dama

A viagem de Janja para a Rússia nesta sexta-feira (2) acabou abrindo espaço para um encontro inusitado e polêmico no Palácio da Alvorada. Com a primeira-dama fora do país, Lula recebeu discretamente seu filho caçula, Luis Cláudio Lula da Silva — o mesmo que já chamou a madrasta de “puta” e “oportunista”. A reunião familiar, mantida sob sigilo, só reforça as tensões internas do clã petista e revela como Lula se movimenta quando está longe da vigilância de Janja.

Enquanto reata laços rompidos com o próprio filho, Lula também se aproveita da ausência da esposa para se desfazer de uma aliada dela: a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Amicíssima de Janja, Cida vem acumulando atritos internos, acusações de assédio moral e uma gestão marcada por conflitos dentro da pasta. Sua queda já estava em curso, e a viagem de Janja parece ter dado o empurrão que faltava.

Na sexta-feira (2), Cida foi chamada ao Planalto para uma conversa rápida com Lula. Em apenas 20 minutos, foi comunicada de sua demissão. Saiu do gabinete visivelmente irritada e sem dar qualquer declaração, o que confirma que a exoneração não foi consensual. A substituta já está escolhida: Márcia Lopes, ex-ministra do governo Dilma, será a nova titular da pasta.

Márcia já se reuniu com Lula nesta segunda-feira (5), encerrando oficialmente a breve passagem de Cida pelo ministério. A movimentação do petista mostra não só a maneira silenciosa com que ele conduz demissões incômodas, mas também sua disposição de se livrar de peças que causam desgaste — mesmo que sejam próximas de sua esposa. A ausência de Janja, portanto, serviu de escudo para ações pouco transparentes.

Esses bastidores evidenciam novamente a forma traiçoeira e calculada com que Lula age. Quando longe do olhar de Janja, toma decisões que ela provavelmente vetaria. O episódio expõe mais uma vez a instabilidade interna no governo petista e a fraqueza moral de um presidente que prefere agir nas sombras a enfrentar seus próprios aliados de frente.