
Na abertura da reunião ministerial desta terça-feira (26), Lula voltou a perder a compostura e fez um discurso carregado de raiva contra os Estados Unidos. O petista não se conforma com a decisão do governo americano de suspender o visto do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, um dos homens de confiança do Planalto.
Lula classificou a medida como “inaceitável” e um “desrespeito” não apenas a Lewandowski, mas também a ministros do STF e demais autoridades brasileiras. Em tom inflamado, bradou: “Essas atitudes são inaceitáveis, não só contra Lewandowski, mas contra os ministros da Suprema Corte, contra qualquer personalidade brasileira”.
Sem esconder o nervosismo, Lula voltou suas críticas para Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem acusou de incentivar governos estrangeiros contra o Brasil. Segundo o petista, o deputado teria “insuflado autoridades norte-americanas” com base em informações falsas. E foi além: disse que Eduardo já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados.
A fúria de Lula só confirma o tamanho do impacto das sanções e medidas dos EUA contra figuras-chave do governo e do Judiciário brasileiro. O desespero do Planalto fica cada vez mais evidente: o governo se vê isolado, acuado e sem conseguir reverter a pressão internacional.