
Durante entrevista ao podcast de Mano Brown, no Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (19), o presidente Lula voltou a atacar a direita, mirando desta vez no deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), sem citar nomes. O petista, visivelmente incomodado com o crescimento da oposição jovem, afirmou que parlamentares “fazem perguntas escrotas e saem sem ouvir a resposta”, chamando-os de “mentirosos” e “virulentos”. O discurso foi uma tentativa clara de desqualificar os questionamentos feitos por Nikolas e Carlos Jordy (PL-RJ) ao ministro Fernando Haddad.
O que Lula omite, no entanto, é que não houve “pergunta escrota” ou mentira. Houve sim dados econômicos duros contra o desastre fiscal do governo atual, comparados com os avanços obtidos durante a gestão Bolsonaro. Nikolas e Jordy listaram números reais, incômodos para o Planalto, e questionaram Haddad com firmeza — algo normal em democracias. Mas o ministro não gostou e reagiu com grosseria, chamando os deputados de “moleques”.
A verdade é que, diferente da narrativa montada por Lula, o episódio revelou a fraqueza da base petista diante de dados e argumentos. A irritação do ministro e a distorção do presidente revelam mais sobre a incapacidade do governo de lidar com o contraditório do que sobre qualquer “molecagem” dos parlamentares.
Lula tenta resgatar um moralismo artificial, dizendo que mentir era pecado em sua geração. Mas se esquece de que o Brasil já pagou caro por acreditar em discursos fabricados. O ataque a Nikolas é uma tentativa de calar jovens líderes da direita que, com coragem, vêm desmontando as mentiras do governo petista.