Hugo Motta trava CPI do roubo dos aposentados e protege esquema bilionário de fraudes!

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), frustrou expectativas da oposição ao não garantir a instalação da CPI que investigaria o escândalo bilionário envolvendo o INSS. Durante reunião de líderes nesta quarta-feira (30), Motta afirmou que há 12 outros pedidos de CPI protocolados antes do requerimento feito pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor da proposta de investigação.

Mesmo com a coleta suficiente de assinaturas, a CPI do INSS não foi priorizada. O regimento interno da Câmara permite a existência simultânea de até cinco CPIs. Atualmente, nenhuma está em funcionamento, e o primeiro requerimento da fila é o da CPI do Abuso de Autoridade, apresentado ainda em 2022 por Marcel van Hattem (Novo-RS).

O governo teme que a instalação da CPI do INSS cause desgaste irreversível, especialmente em meio à crise provocada pela revelação de fraudes que somam mais de R$ 6 bilhões. O silêncio de Hugo Motta é interpretado por muitos como uma tentativa de blindagem do governo Lula, que teme ver escancaradas as irregularidades cometidas debaixo do seu nariz.

Além das fraudes reveladas pela Polícia Federal, que envolvem 11 associações suspeitas de falsificar assinaturas para descontar indevidamente valores dos benefícios de aposentados, a pressão pela CPI cresceu após a demissão de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS. A oposição enxerga nas manobras de Motta uma estratégia política para evitar desgaste no governo petista.

A articulação da oposição não se restringe à Câmara. Também está em andamento a coleta de assinaturas para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que envolveria senadores e deputados. A expectativa é de que, com a pressão nas duas Casas, o Planalto seja forçado a ceder.

Enquanto isso, milhões de aposentados seguem sem respostas. A impunidade permanece, e a tentativa de enterrar a CPI só reforça a sensação de que o sistema está corrompido até a raiz. A população exige transparência, justiça e responsabilidade com os mais vulneráveis.