
O Coordenador de Sanções do governo Donald Trump, David Gamble, chega ao Brasil nesta segunda-feira (5) com uma missão clara: avaliar possíveis sanções contra autoridades brasileiras acusadas de abusar de suas funções. O alvo principal é o ministro Alexandre de Moraes, mas o cerco se estende a seus auxiliares, ao Procurador-Geral da República Paulo Gonet e até a integrantes da Polícia Federal.
A informação foi divulgada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem articulado diretamente com membros do governo americano. Segundo ele, os EUA já observaram uma série de abusos cometidos no Brasil sob a justificativa de “combate à desinformação”, mas que na prática servem para perseguir opositores do regime lulopetista.
Eduardo usou o exemplo do jornalista Paulo Figueiredo, que teve seu passaporte cancelado sem nunca sequer ter sido intimado. Ele também citou tentativas do STF de acessar informações por vias extraoficiais, inclusive com ligações do FBI a investigados brasileiros. “Se for pelo caminho legal, os EUA vão dar um sonoro não, como fizeram no caso Allan dos Santos”, afirmou.
Para o deputado, a escalada autoritária de Moraes e seus aliados está facilitando o trabalho da direita brasileira no exterior. Ele afirma que os abusos praticados hoje são provas vivas que os tribunais internacionais e governos aliados estão começando a levar a sério. “A batata do Moraes está assando”, disse.
A visita de Gamble é vista como um divisor de águas na pressão internacional sobre o Brasil, principalmente após denúncias de censura, prisões sem julgamento e uso político do Judiciário. A mensagem de Eduardo Bolsonaro é clara: quem hoje “só cumpre ordens” pode acabar pagando caro lá na frente.
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