
Um dos envolvidos no bilionário esquema de fraudes no INSS já iniciou conversas com um renomado escritório de advocacia para avaliar um possível acordo de delação premiada. A informação foi revelada pela coluna Radar, da revista Veja, e aponta que o escândalo pode subir ainda mais na estrutura do governo Lula.
Segundo a publicação, o potencial delator teria mencionado nomes de figuras ligadas ao alto escalão do governo petista e afirmou que “tem muito a contar”. A delação, se concretizada, poderá expor os bastidores do esquema que desviou mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas, justamente os mais vulneráveis da sociedade.
A Polícia Federal já prendeu integrantes das associações envolvidas, e o caso resultou na queda de Alessandro Stefanutto do comando do INSS. Carlos Lupi, ministro da Previdência e histórico aliado do PT, também deixou o cargo em meio à pressão popular e à revelação de sua omissão frente às denúncias.
Com a delação em curso, escritórios de advocacia criminal estão sendo procurados por investigados temendo serem arrastados na enxurrada de provas e nomes. Um advogado famoso chegou a dizer que a movimentação aumentou desde que o escândalo veio à tona. “O Brasil voltou”, ironizou, em referência ao slogan de campanha do presidente Lula.
O fato é que o caso se agrava a cada dia e evidencia aquilo que muitos já sabiam: o retorno do PT ao poder significou também o retorno da velha prática da corrupção institucionalizada. Agora, resta saber até onde chegarão as revelações do novo delator.