
Assim como ministros do STF usam a imprensa para dar recados, setores da direita têm recorrido a influenciadores e redes sociais para medir forças e disputar quem seria o “mais bolsonarista” ou quem detém maior legitimidade no movimento. Esse comportamento, movido por ego e vaidade, tem criado um ambiente de divisão e briga de comadres em um momento em que a união deveria ser prioridade.
A chamada “síndrome de chifre” deixada por figuras como Sérgio Moro contaminou parte da militância e de lideranças, transformando o debate político em pequenas picuinhas internas. Enquanto isso, o verdadeiro inimigo — representado pelo ativismo judicial e pelos excessos de ministros como Alexandre de Moraes — segue avançando sem encontrar a resistência necessária.
O ministro, apelidado por muitos de Xerxes, domina a arte de criar polêmicas e cortinas de fumaça. Enquanto grupos da direita gastam energia em disputas menores, a boiada passa. Projetos autoritários avançam, a censura se impõe e decisões políticas travestidas de jurídicas consolidam ainda mais o poder do Supremo.
Se a direita não firmar uma trégua imediata e focar no embate contra o sistema, corre o risco de perder o timing da ação externa dos Estados Unidos e ver a guerra já decidida a favor do autoritarismo. É hora de abandonar projetos pessoais e vaidades para salvar o Brasil de um colapso político e institucional.