Em meio à iminente derrota do governo no Congresso, a ministra petista Gleisi Hoffmann recorreu às redes sociais nesta quarta-feira (25) para fazer uma espécie de chantagem emocional com os parlamentares. Com medo da derrubada do decreto que eleva o IOF, Gleisi tentou argumentar que a revogação do aumento comprometeria emendas e programas sociais — uma narrativa que já não convence nem os mais aliados.
Segundo a presidente nacional do PT, o decreto seria apenas um “ajuste técnico” e não um aumento de imposto. Mas os próprios números contradizem sua fala. O IOF sobre cartões internacionais, que já era alto, volta a subir. E mesmo com a promessa de redução, o governo Lula precisa desesperadamente manter a arrecadação para sustentar a gastança, os acordos políticos e o inchaço da máquina pública.
A ministra afirmou que o aumento é necessário para executar o Orçamento e evitar contingenciamentos. Em outras palavras, admite que, sem mais impostos, o governo não consegue cumprir suas próprias promessas. É uma confissão clara do fracasso da gestão petista em equilibrar contas públicas mesmo com uma carga tributária das mais altas do mundo.
Mas a pressão não funcionou. Deputados de diversos partidos já sinalizaram que vão derrubar o decreto com ampla maioria — assim como já ocorreu na aprovação do regime de urgência. A população está cansada de ser tratada como caixa eletrônico de um governo que prega justiça social, mas pratica irresponsabilidade fiscal.
Gleisi sabe que perdeu. E por isso apela ao “diálogo” e à velha cartada da ameaça às emendas parlamentares. Mas a verdade é que o Congresso acordou — e já entendeu que só enfrentando esse tipo de manobra é possível conter os abusos tributários e o populismo disfarçado de solidariedade.