O advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor presidencial Filipe Martins, reagiu com indignação ao novo escândalo envolvendo a Polícia Federal e o suposto registro falso de viagem aos Estados Unidos usado como base para a prisão de seu cliente. Em vídeo publicado nas redes sociais, o jurista expôs o absurdo da situação e classificou a conduta das autoridades como “vergonhosa e autoritária”.
Chiquini explicou que Filipe Martins foi preso por uma viagem que nunca fez, e que desde o início do processo a defesa reuniu dezenas de provas para comprovar a farsa: testemunhas, dados bancários, bilhetes de voos domésticos, geolocalização e registros de Uber. Mesmo assim, a PF manteve a narrativa. “Nenhuma prova válida foi apresentada antes, durante ou depois da prisão”, disse o advogado.
O ponto mais grave veio quando, em abril de 2024, surgiu um registro falso de entrada nos EUA — inserido no sistema americano enquanto Filipe ainda estava preso no Brasil. O erro foi denunciado e corrigido, mas em vez de reconhecer a injustiça, a PF agora tenta acusar o próprio Filipe de manipular provas, segundo o advogado. “É um delírio jurídico!”, afirmou.
Para Chiquini, o delegado Fábio Shor tenta “criminalizar advogados, jornalistas, parlamentares e cidadãos” que ousaram denunciar o caso. O jurista foi direto: “O que falta para todos os brasileiros entenderem que já vivemos numa ditadura? É uma vergonha que Fábio Shor se sinta à vontade para perseguir quem fala a verdade, apenas para se proteger das consequências de sua própria negligência.”
O caso ganha contornos cada vez mais sombrios e reforça as denúncias de abuso de poder, censura e perseguição política que marcam a condução dos inquéritos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus assessores.