O economista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, propôs o congelamento do salário mínimo em termos reais por seis anos, durante sua participação na Brazil Conference, realizada em abril de 2025 na Universidade Harvard e no MIT, nos Estados Unidos. Segundo Fraga, essa medida seria fundamental para melhorar as contas da Previdência Social, que, de acordo com ele, estão se deteriorando de forma preocupante. Ele argumenta que o congelamento ajudaria a conter o crescimento dos gastos públicos e a reequilibrar as finanças do país.
A proposta gerou críticas de diversos setores. O deputado federal Lindbergh Farias (PT) questionou se Fraga estaria disposto a viver com o salário mínimo congelado por seis anos, destacando a dificuldade que isso representaria para os trabalhadores. citeturn0search2 Já o deputado Rogério Correia (PT-MG) acusou Fraga de representar os interesses das elites e de propor medidas que penalizam os mais pobres. Fraga também sugeriu a necessidade de uma nova reforma da Previdência e a revisão de benefícios fiscais que favorecem os mais ricos.
Ele acredita que essas medidas são essenciais para corrigir as prioridades dos gastos públicos no Brasil, que, segundo ele, estão “completamente erradas”.
A proposta de congelamento do salário mínimo em termos reais por seis anos é controversa e suscita debates sobre seus impactos sociais e econômicos. Enquanto alguns argumentam que ela poderia ajudar a equilibrar as contas públicas, outros alertam para os efeitos negativos sobre o poder de compra dos trabalhadores e a desigualdade social.
É importante considerar que o salário mínimo serve como referência para aposentadorias e benefícios sociais, como o BPC e o Bolsa Família. Portanto, seu congelamento poderia afetar significativamente a renda de milhões de brasileiros que dependem desses benefícios.
A discussão sobre o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e justiça social continua sendo um tema central no debate econômico brasileiro. Propostas como a de Fraga destacam a complexidade de encontrar soluções que atendam às necessidades fiscais do país sem comprometer o bem-estar da população mais vulnerável.