
A cada nova revelação, fica mais evidente o envolvimento da esquerda no escândalo bilionário que sangrou os cofres da Previdência e lesou aposentados em todo o Brasil. Nesta terça-feira (17), veio à tona mais uma bomba: uma investigação revelou que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade historicamente ligada ao PT, foi responsável por redigir pelo menos 96 emendas apresentadas por parlamentares da esquerda para sabotar uma medida provisória que visava combater fraudes no INSS.
Segundo reportagem do jornalista Tácio Lorran, do site Metrópoles, essas emendas foram criadas dentro do próprio escritório da Contag, que é uma das principais investigadas pela Polícia Federal por participação no esquema que desviou até R$ 2 bilhões de aposentados. O objetivo da entidade era claro: afrouxar os mecanismos de fiscalização e perpetuar os descontos indevidos realizados em massa, sem autorização, sobre benefícios previdenciários.
A MP 871/2019, editada no governo Bolsonaro, tinha como foco justamente combater essas fraudes e exigir que aposentados validassem periodicamente os descontos de entidades sindicais. Mas as emendas da Contag, apresentadas por 15 parlamentares — sendo nove do PT —, conseguiram derrubar a exigência. Os metadados dos documentos comprovam que os textos não foram escritos por deputados, mas sim pela própria entidade, inclusive com identificação da advogada da confederação como autora de boa parte do conteúdo.
Um dos principais objetivos da Contag foi conquistado: o fim da revalidação anual dos descontos associativos. O Congresso cedeu ao lobby da esquerda e adiou a exigência para três anos, mas na prática, isso nunca aconteceu. Em 2022, uma nova MP revogou completamente qualquer obrigação de confirmação pelos beneficiários, facilitando ainda mais os abusos contra idosos e pensionistas. Ou seja: a fraude foi institucionalizada com aval político.
É revoltante ver parlamentares da esquerda assinando emendas criadas por uma entidade suspeita de lesar milhões de brasileiros humildes. O caso escancara a aliança podre entre sindicatos aparelhados e partidos que se dizem “defensores do povo”, mas na prática usam o Congresso para legalizar esquemas. A verdade é que a esquerda se atolou num esquema que envergonha o país — e os aposentados, mais uma vez, foram as principais vítimas.