
Após a determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que leis e decisões judiciais estrangeiras não têm validade automática no Brasil, o Banco do Brasil (BB) divulgou uma nota defendendo sua atuação e destacando total conformidade com a legislação nacional. A medida de Dino ocorre em meio às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.
Em comunicado, o Banco do Brasil afirmou que atua em estrita observância à legislação: “O banco atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”. A instituição ressaltou ainda sua experiência global: “O banco sempre acompanha esses assuntos com atenção e conta com assessoramento jurídico especializado para garantir atuação alinhada às melhores práticas de governança, integridade e segurança financeira”.
A nota, vista como uma forma de blindagem institucional ao STF e em especial a Moraes, não passou despercebida. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu imediatamente e, com apenas um print nas redes sociais, expôs a hipocrisia do BB. Ele mostrou que a mesma instituição que agora corre para proteger os ministros do Supremo já havia agido contra o próprio Jair Bolsonaro em situações anteriores, atendendo a pressões políticas e decisões questionáveis.
A exposição do parlamentar reforçou a crítica de que, no Brasil, instituições financeiras e estatais se alinham aos interesses da esquerda e se dobram diante do STF, enquanto não hesitam em prejudicar lideranças conservadoras. O episódio evidencia, mais uma vez, a falta de isonomia no tratamento entre Bolsonaro e Moraes, revelando como a máquina pública opera seletivamente para proteger seus aliados.
