Cerca de oito meses após deixar o governo federal, Érica Meireles de Oliveira está de volta à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A servidora ganhou notoriedade em 2023 ao receber Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, em uma agenda no Ministério dos Direitos Humanos.
Na ocasião, Luciane, esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho no Amazonas, agradeceu publicamente a Érica pelo “acolhimento” à pauta apresentada.
Após o episódio, Érica deixou o Ministério dos Direitos Humanos e assumiu um cargo na Secretaria de Acesso à Justiça, vinculada ao Ministério da Justiça. No entanto, em agosto de 2024, ela foi dispensada do cargo. Na época, Érica afirmou que havia saído para integrar a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.
Agora, Érica retorna ao governo federal para ocupar um cargo na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, sob o comando de Gleisi Hoffmann. A nomeação foi oficializada no Diário Oficial da União em 9 de abril de 2025.
O retorno de Érica ao governo ocorre em meio a críticas e questionamentos sobre a recontratação de servidores envolvidos em polêmicas anteriores. A decisão reacende debates sobre os critérios adotados pelo governo federal na escolha de seus quadros.
Luciane Barbosa Farias, por sua vez, teve a prisão definitiva decretada em janeiro de 2025, após o trânsito em julgado de uma condenação a 10 anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O caso continua a gerar repercussão e levanta discussões sobre a gestão de recursos humanos e a responsabilidade na nomeação de servidores públicos.