
Após ter parte das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) suspensas, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a se manifestar publicamente neste fim de semana. Em transmissões no YouTube e no Instagram, ele rejeitou a versão de que teria participado de um suposto “acordão” político para flexibilizar as medidas cautelares.
Na última sexta-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a suspensão parcial das restrições que incluíam o bloqueio de contas bancárias, a tornozeleira eletrônica e o impedimento de acessar redes sociais. A decisão coincidiu com o protocolo de um pedido de afastamento temporário do mandato, feito por Do Val ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O movimento foi interpretado nos bastidores como parte de um acordo político para aliviar pressões.
O senador, no entanto, negou qualquer negociação: “Não houve ‘acordão’. Eu sequer me comuniquei com Alexandre [de Moraes], nem oficialmente, nem por documento. Quem tratou tudo foi a advocacia do Senado e Davi Alcolumbre, como presidente do Congresso”, afirmou em live. Segundo ele, a licença foi pedida por motivos pessoais, já que não via a família há seis meses. O pedido foi acompanhado de laudo médico que atestava a necessidade de cuidar da saúde.
No sábado (30), Do Val publicou um vídeo treinando em esteira e praticando tiro, reforçando que não aceitou qualquer tipo de barganha: “Tempo de retomar os treinos, cuidar da minha saúde e da minha família. Em alguns dias, estarei no Senado renovado e ainda mais combativo. ‘Acórdão’? Não negocio a minha honra e nem a minha história!”