O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) foi um dos que chamou atenção para o assunto, mas o principal autor do pedido foi o deputado Reimont (PT-RJ). Ele protocolou um ofício junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando abertura de investigação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). No documento, também é pedida a avaliação de prisão preventiva, sob alegação de risco à ordem pública diante das circunstâncias levantadas.
Reimont menciona a prisão em flagrante de Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas, detido em Uberlândia com mais de 30 kg de maconha. Esse episódio reforçaria suspeitas de possível vínculo entre o parlamentar e organizações criminosas, mas sem nenhuma prova, justificando medida mais rigorosa contra o deputado caso as investigações apontem indícios de envolvimento.
Além disso, o ofício destaca a atuação de Nikolas ao incentivar revogação de regra da Receita Federal que facultava fiscalização de transações via Pix acima de determinado limite. Reimont sugere que a pressão teria facilitado operações que podem estar associadas à lavagem de dinheiro, o que ele considera agravante à situação.
O deputado petista ressalta que é papel institucional proteger a democracia e a integridade pública. Ele apela à PGR que aja com rapidez e firmeza para assegurar investigação efetiva e, se necessário, a aplicação de medidas cautelares como a prisão preventiva, conforme previsto em lei.
O caso promete gerar repercussão tanto jurídica quanto política. A PGR agora avalia se acolhe o pedido e transforma o relato em inquérito formal, o que poderia envolver o STF, dada a prerrogativa de foro do parlamentar. O episódio reforça o clima de tensão e disputas no cenário político brasileiro.