
O senador Omar Aziz (PSD-AM) saiu profundamente desnorteado após a dura derrota que sofreu na disputa pela presidência da CPMI do INSS. Sua intenção era repetir os abusos cometidos na malfadada CPMI da Covid, onde protagonizou episódios de arbitrariedade e perseguição. Felizmente, para o bem do Brasil, dessa vez a estratégia não funcionou.
A oposição articulou-se de forma inteligente e silenciosa, desmontando a soberba do senador amazonense e impondo-lhe uma humilhante derrota. A manobra revelou a fragilidade da base governista, que acreditava ter o controle da comissão, mas acabou atropelada pelo movimento certeiro dos oposicionistas.
O incômodo de Aziz ficou evidente. Em entrevista ao Estadão, ele chegou a admitir que não sabe se permanecerá na comissão. O senador criticou a falta de articulação política do Planalto, apontando que esse descuido foi determinante para a derrota acachapante que sofreu. “Pode ser que o pessoal que faz parte da base apareça agora na CPI”, disse, em tom de frustração.
Sem o comando da CPMI, Aziz dificilmente terá protagonismo. Sua participação, se continuar, será meramente figurativa, sem o poder de impor narrativas como no passado. Melhor mesmo seria que se retirasse — afinal, quanto menos espaço para velhos abusos, mais chance de a verdade prevalecer.