A escolha do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator da CPMI do INSS representa uma derrota significativa para o governo Lula (PT). Considerado “a pior escolha possível” para os governistas, Gaspar é opositor declarado do PT e já se definiu publicamente como “direita, com muito orgulho”. Sua indicação reforça o caráter de enfrentamento da comissão e acende o alerta no Palácio do Planalto.
O histórico de Gaspar pesa ainda mais contra os planos petistas. Ele atuou no Grupo de Combate ao Crime Organizado em Alagoas, foi integrante do Ministério Público e chegou a comandar a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Essa experiência faz dele um parlamentar com perfil técnico, preparado para conduzir investigações complexas — exatamente o que o PT mais teme diante do escândalo bilionário do INSS.
Para desespero da base governista, Gaspar já deixou claro o rumo que pretende seguir: “seguir o dinheiro”. Em sua própria fala, o relator afirmou que a investigação precisa expor quem lucrou e quem deu “suporte político” às fraudes que lesaram aposentados e pensionistas. Uma linha de apuração que pode revelar conexões incômodas dentro do próprio governo.
A nomeação de Alfredo Gaspar reforça a força da oposição na CPMI e isola ainda mais a base de Lula, que já vinha fragilizada com a perda de assentos estratégicos na comissão. Agora, a expectativa é de que as quebras de sigilo que serão aprovadas possam abrir caminho para descobertas devastadoras, comprometendo ainda mais a imagem do governo e acelerando o desgaste político.
No Congresso, a avaliação é clara: com Gaspar na relatoria, a CPMI do INSS se torna um verdadeiro campo de batalha — e a chance de que o escândalo atinja o coração do governo Lula é cada vez maior.