O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta sexta-feira (22) denúncia contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE. O documento, recheado de contorcionismos jurídicos, soa como uma peça “encomendada” para não atingir Moraes diretamente, mesmo com o envolvimento de seu antigo colaborador.

Tagliaferro é acusado de violação de sigilo funcional por supostamente vazar mensagens trocadas entre servidores dos gabinetes de Moraes no STF e no TSE. Segundo a PGR, ele teria atuado para “atender interesses ilícitos de organização criminosa” responsável pela disseminação de notícias críticas ao sistema eletrônico de votação e pela tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Além disso, Gonet sustenta que Tagliaferro cometeu coação no curso do processo, ao ameaçar, em julho deste ano, já fora do Brasil, divulgar no exterior novas informações sigilosas obtidas enquanto ocupava o cargo de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.

Para a PGR, o ex-assessor teria aderido às condutas investigadas nos inquéritos da “trama golpista”, das “fake news” e das chamadas “milícias digitais”, selecionando diálogos para, supostamente, comprometer a credibilidade das investigações. Enquanto isso, chama a atenção o cuidado da denúncia em blindar Moraes, apesar da relação direta entre os dois.

By Jornal da Direita Online

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