
Advogados ligados ao PSOL, André Moreira e Wands Salvador Pessin, protocolaram no TSE um pedido para cancelar o registro nacional do Partido Liberal (PL). Eles alegam que a legenda tem apoiado a interferência estrangeira nos assuntos brasileiros, especialmente oriunda dos EUA, o que atenta contra a soberania nacional. A iniciativa reacende debates sobre o limite da atuação partidária em questões de Estado.
Na ação apresentada, os advogados citam que o PL teria fomentado uma narrativa de subserviência aos interesses estrangeiros e atacado as instituições do Judiciário para beneficiar governos externos. Como evidência, destacaram uma foto em que parlamentares do PL exibem uma bandeira de Donald Trump dentro da Câmara — apontada como símbolo do alinhamento político contra os poderes nacionais. A petição requer a retirada imediata do registro partidário.
A medida foi enviada ao TSE para análise pela corte eleitoral, deixando claro que há setores do PSOL que querem agir judicialmente contra partidos com posturas consideradas anti-estatais. O movimento não envolve apenas críticas ideológicas, mas uma ação legal estruturada que pode ter precedentes significativos na história democrática do país, caso o pedido seja acatado.
A reação de parlamentares do PL foi imediata: classificaram a proposta como ataque à representação democrática de milhões de eleitores e tentativa de censurar o adversário. Já atacaram o PSOL, acusando-o de recorrer à Justiça em vez de disputar espaço político nas urnas. O tema promete polarizar ainda mais o ambiente político, com possíveis consequências para o sistema partidário nacional.