
Durante participação no evento Cannes Lions 2025, William Bonner, âncora do Jornal Nacional, tentou mais uma vez culpar as redes sociais pelo colapso de audiência do telejornal da Globo. Sem autocrítica, o apresentador atacou o que chamou de “bolhas” e “intolerância”, ignorando o papel que sua emissora teve — e ainda tem — na polarização e na manipulação dos fatos no Brasil.
Bonner afirmou que as redes sociais são “um enorme problema para a humanidade” e culpou o ambiente digital pela desinformação e pela divisão no país. A ironia é que o próprio Jornal Nacional foi um dos grandes responsáveis por empurrar narrativas enviesadas ao longo dos últimos anos, sempre com um viés ideológico claro. A queda histórica na audiência só confirma que os brasileiros estão cansados da velha imprensa.
Tentando justificar a existência de um telejornal cada vez mais rejeitado pelo público, Bonner disse que o JN “não comunica”, mas “ajuda a compreender e contextualizar”. Na prática, o que a Globo faz é filtrar a realidade com lentes ideológicas, omitindo fatos e distorcendo informações para favorecer seu projeto político, especialmente o apoio explícito ao governo Lula.
Em sua fala, Bonner ainda afirmou que a Globo tem “compromisso com a pluralidade”. Mas basta lembrar como a emissora tratou conservadores, cristãos, apoiadores de Bolsonaro e opositores ao STF nos últimos anos. Não houve pluralidade alguma: houve cancelamento, silenciamento e linchamento moral promovido em horário nobre.
Ao comentar os 60 anos da Globo, Bonner falou sobre “diversidade”, mas logo deixou claro que essa diversidade só vale se seguir a cartilha da emissora. Segundo ele, seria um erro achar que “uma parte dos brasileiros deve se sobrepor às demais”. No entanto, é exatamente isso que o Jornal Nacional tenta fazer: impor sua narrativa como verdade absoluta, desrespeitando a inteligência da população.
A verdade é que o Jornal Nacional não enfrenta queda de audiência por acaso. O brasileiro acordou. Está mais informado, mais crítico e cansado da doutrinação. E as redes sociais, tão demonizadas por Bonner, são justamente o espaço onde a verdade tem vindo à tona — longe da velha mídia que insiste em se manter como oráculo da moralidade.