
Poucas horas após ser condenada pelo STF, Carla Zambelli divulgou mensagem de “boa-fé” à Justiça dizendo que compareceria, forneceria seus dados e que foi “condenada sem provas”. A fala foi interpretada como provocativa, mesmo tão logo após o desfecho judicial.
Zambelli afirmou que buscaria “refúgio na Itália” e exporia a decisão como “perseguição política”. Para especialistas, essa mensagem foi vista como ato de afronta e pode ter motivado o endurecimento das decisões de Moraes: prisão definitiva e extradição.
Aliados de Zambelli afirmam que ela agiu para mostrar transparência, enquanto opositores dizem que foi um recado provocativo ao STF. A reação dividiu até simpatizantes conservadores: enquanto uns aplaudiram a coragem, outros a temeram a retaliação jurídica.
A sequência dos eventos sugere que a reação exacerbada de Zambelli pode ter sido decisiva para Moraes intensificar as medidas, incluindo bloqueio de bens e mandato. A decisão do ministro foi rápida e completa — poucos dias entre o pronunciamento e as ordens judiciais.
O episódio ilustra os riscos da estratégia de confrontação com o STF e evidencia que declarações públicas podem influenciar o grau de severidade judicial. A lição sugere que provocações podem antecipar reações mais duras do Judiciário.