Durante o evento jurídico em Lisboa, apelidado de “Gilmarpalooza”, o ministro Alexandre de Moraes voltou a escancarar sua postura autoritária ao comentar os atos de 8 de Janeiro. Em tom de deboche, ele exibiu um vídeo das manifestações e ironizou os presentes: “Você pode perceber que só são senhoras com bíblias na mão”, afirmou, arrancando risos da plateia elitista do evento.
A fala, carregada de sarcasmo, atinge diretamente milhares de brasileiros conservadores que se manifestaram em Brasília naquele dia — muitos de forma pacífica, exercendo seu direito constitucional de protestar. Ao reduzir o episódio a uma caricatura e zombar da fé cristã, Moraes mostra desprezo pelo povo e pelas liberdades fundamentais, além de tratar com deboche o sofrimento de famílias que hoje veem seus parentes presos há mais de um ano, sem julgamento justo.
A cena gerou revolta entre lideranças da direita e nas redes sociais. A pergunta que ecoa é: qual juiz debocha das pessoas que ele julga? Em qualquer democracia séria, um magistrado com esse comportamento seria afastado por suspeição e parcialidade, pois já deixou claro que não vê os envolvidos como cidadãos, mas como alvos de piada. A zombaria também reforça a imagem de um STF alinhado ideologicamente contra o Brasil conservador.
Vale lembrar que muitos dos que foram presos naquela data não participaram de atos violentos, e sequer tiveram direito à ampla defesa. Estão detidos preventivamente, em condições questionáveis, e suas famílias aguardam respostas do Judiciário. Enquanto isso, no exterior, ministros fazem piada com o episódio, expondo a vergonha institucional que hoje marca o cenário político e jurídico do país.
O desrespeito à fé — ao mencionar ironicamente “senhoras com bíblias” — revela também um ataque indireto à base cristã do Brasil, sempre marginalizada por setores do Judiciário e da elite progressista. Alexandre de Moraes, mais uma vez, opta pelo deboche em vez do equilíbrio, escancarando o abismo entre quem está no poder e o povo que exige justiça de verdade.