
Enquanto o país mergulha em uma das piores crises da história recente, o regime de Nicolás Maduro decidiu antecipar o Natal na Venezuela. Ruas e praças foram decoradas com luzes e enfeites natalinos, num claro esforço de distrair a população do colapso econômico e da crescente tensão com os Estados Unidos. O governo ordenou que as comemorações comecem já em outubro, tentando criar um clima de “esperança” em meio ao caos.
A medida, porém, tem sido vista como uma manobra política desesperada. Maduro enfrenta uma forte pressão internacional, especialmente após as recentes sanções impostas por Donald Trump contra o regime chavista. Além disso, há relatos de novos movimentos militares na fronteira e de aumento da vigilância americana sobre as rotas de tráfico de drogas, muitas delas ligadas a figuras do governo venezuelano.
Enquanto o ditador tenta vender uma imagem de normalidade, o povo segue vivendo um cenário de escassez, miséria e insegurança. O salário mínimo não cobre sequer uma cesta básica, e milhões de venezuelanos continuam deixando o país em busca de sobrevivência. As ruas coloridas e os shows públicos financiados pelo regime contrastam com a fome que assola a maioria das famílias.
A decisão de antecipar o Natal é vista por analistas como uma tentativa de controlar o ânimo popular e mascarar o desespero de um governo isolado. Com a proximidade das eleições e o fortalecimento das alianças entre os EUA e países vizinhos, Maduro tenta de todas as formas manter a aparência de estabilidade interna, mas a realidade é cada vez mais insustentável.