
Nesta quinta-feira (16), os Estados Unidos executaram um bombardeio contra um navio nas proximidades do litoral venezuelano, marcando o primeiro incidente com sobreviventes, conforme reportado pela agência Reuters com base em declarações anônimas de autoridades do governo americano.
A operação bélica aconteceu um dia depois de o presidente Donald Trump aprovar missões encobertas da CIA com o intuito de derrubar o regime de Nicolás Maduro. O Pentágono ignorou pedidos de comentários sobre o episódio ao ser acionado. Permanece incerto se o assalto foi intencionalmente projetado para poupar vidas, qual o paradeiro dos resgatados ou se eles foram detidos pelas forças armadas dos EUA.
Em reação à escalada de tensão armada, Maduro publicou nesta sexta-feira (17) uma nota no Telegram ordenando a mobilização das Zodi, unidades regionais de defesa da Força Armada Nacional Bolivariana, nos territórios de Mérida, Trujillo, Lara e Yaracuy. Essas forças são responsáveis por gerenciar ações de proteção e ordem pública “em cenários de confronto bélico”.
Para a campanha no Caribe, Trump deslocou 10 mil militares, sete embarcações, submersíveis e aeronaves de combate. O Comando Sul americano já promoveu ao menos cinco ataques aéreos contra barcos presumidamente ligados ao tráfico de entorpecentes, com um saldo de 27 óbitos desde o lançamento das manobras.
A administração da Casa Branca alega que os alvos atacados estão conectados à gangue Tren de Aragua, recentemente designada como grupo terrorista global pelo governo Trump. Washington notificou o Congresso de que o país se encontra em “estado de beligerância armada” contra os narcotraficantes da área.O Departamento de Defesa revelou uma reestruturação no comando das missões.
A coordenação saiu das mãos do Comando Sul, sediado em Miami, e migrou para uma equipe especial sob a égide da 2ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, divisão treinada para intervenções velozes no exterior, com base em Camp Lejeune, na Carolina do Norte.