
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) relatou nesta semana a visita que fez à deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália em regime preventivo enquanto tramita o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro. Segundo Girão, a parlamentar enfrenta não apenas dificuldades no exterior, mas também uma série de medidas abusivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador destacou que todas as contas bancárias de Zambelli foram bloqueadas, deixando-a em situação de vulnerabilidade. Ele afirmou ainda que Moraes estendeu as restrições ao marido da deputada, impedindo-o até mesmo de pagar pensão alimentícia aos filhos de casamentos anteriores. “Além de punir Zambelli, querem punir todo mundo em volta da família. O crime não se terceiriza, as penas não se terceirizam”, disse Girão.
O parlamentar também criticou o processo judicial que envolve Zambelli, acusado de crimes cibernéticos, e questionou a credibilidade da investigação. Para ele, o STF teria dado mais valor ao depoimento do hacker Walter Delgatti do que à versão apresentada pela deputada. Girão reforçou que não há provas concretas que justifiquem a condenação, classificando o caso como uma perseguição política.
Outro ponto de indignação foi o gasto do governo Lula com escritórios de advocacia no exterior. Segundo o senador, foram contratados profissionais na Itália por R$ 200 mil para tratar da extradição de Zambelli e, na Argentina, desembolsados US$ 1 milhão para repatriar brasileiros acusados dos atos de 8 de janeiro de 2023, muitos deles em busca de asilo político. “São presos políticos, vivendo como ratos nas ruas, sem devido processo legal. Estão sofrendo todo tipo de provação”, completou.