
O julgamento de Jair Bolsonaro e militares das Forças Armadas pela suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022 entrou para a história como um dos episódios mais controversos da Suprema Corte. A Primeira Turma do STF, comandada por Alexandre de Moraes, analisa um processo que pode redesenhar o cenário político nacional — mas agora sob fortes suspeitas de irregularidades.
As denúncias do ex-assessor Eduardo Tagliaferro, reveladas em audiência no Senado, caíram como uma bomba no meio político. Segundo ele, provas teriam sido forjadas e relatórios adulterados para justificar operações determinadas por Moraes. A revelação trouxe à tona a possibilidade de que o processo contra Bolsonaro esteja gravemente comprometido.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi direta ao classificar a situação como uma afronta aos direitos humanos. Para ela, “pessoas foram acusadas e presas com provas fabricadas por um magistrado”, o que invalida todo o procedimento. Sua fala ecoou entre parlamentares que já articulam medidas para denunciar o STF em instâncias internacionais.
Diante da gravidade, aliados de Bolsonaro exigem a suspensão imediata do julgamento, alegando que a ação estaria contaminada por manipulação de provas e abuso de poder. O episódio reforça a percepção de que o julgamento não é apenas jurídico, mas político, colocando em xeque a imparcialidade da Suprema Corte.
A pressão aumenta, e o que era para ser um processo contra Bolsonaro pode se transformar em um escândalo contra Moraes e o próprio STF, com potencial de abalar o equilíbrio institucional no Brasil.