Sem Lula, Janja inicia mais um “tour” com dinheiro público

A primeira-dama Janja desembarcou neste sábado (3) na Rússia, seis dias antes da chegada de seu marido, o presidente Lula. Enquanto isso, seu roteiro em Moscou inclui atrações dignas de uma excursão de luxo: Teatro Bolshoi, Kremlin, Museu Hermitage, Catedral do Sangue Derramado e até a Fábrica de Porcelana Imperial. Tudo bancado com dinheiro do contribuinte, claro.

Em São Petersburgo, Janja assistirá ao tradicional balé “O Lago dos Cisnes” no famoso Teatro Mariinsky e deve se reunir com professores e estudantes de português. A justificativa do Planalto para essa antecipação? Agendas culturais, educacionais e de combate à pobreza. No entanto, o que mais se vê é um passeio de alto padrão disfarçado de missão oficial.

A antecipação da primeira-dama em viagens internacionais tem sido alvo de crescentes críticas. Em março, a própria Advocacia-Geral da União (AGU) precisou emitir um parecer para dizer que os gastos são de interesse público. Ora, se é preciso explicar tanto, é porque tem algo errado. A população brasileira quer saber quanto custam essas viagens “culturais” e quais os resultados práticos para o povo.

A agenda de Janja passou a ser publicada no portal oficial do Planalto, supostamente para garantir transparência. Mas nem mesmo essa medida apaga a impressão de que ela se comporta como uma espécie de “embaixatriz petista” com tratamento de chefe de Estado. Com direito a eventos glamourosos e zero cobrança de resultados concretos.

Enquanto milhões de brasileiros vivem apertados para pagar contas, a primeira-dama desfila pela Rússia como se estivesse em um cruzeiro de luxo. Lula só embarca na próxima quinta-feira, dia 8, acompanhado por ministros e por Davi Alcolumbre. A viagem ainda nem começou oficialmente, e o Brasil já paga caro por ela.