
Réu por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicando 16 testemunhas, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.
A defesa foi protocolada na última segunda-feira (28), dias após Bolsonaro ser intimado ainda internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia no intestino. Entre os nomes arrolados estão o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o senador Rogério Marinho (PL-RN).
Também foram indicados o brigadeiro Carlos Baptista Júnior e o general Marco Antônio Freire Gomes – que segundo o depoimento de Baptista à PF, teria ameaçado prender Bolsonaro caso o plano de uma tentativa de golpe fosse levada adiante.
O ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, também integra a lista. A defesa busca sustentar que não houve intenção de ruptura institucional por parte do ex-presidente, que é acusado organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Caso seja condenado, Bolsonaro pode pegar até 39 anos de prisão