Durante uma cerimônia de entrega do Ramal do Apodi, na Paraíba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente”. A declaração gerou críticas do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que considerou a fala desrespeitosa com o sofrimento do povo nordestino
Girão argumentou que a seca é uma tragédia que afeta a região há séculos e que não deve ser tratada com leviandade. Ele afirmou que a declaração de Lula toca numa ferida aberta da população e que o presidente deveria ter mais responsabilidade em suas palavras
O senador também criticou os gastos do governo federal e questionou a condução da política econômica. Ele comparou a postura de Lula com a do presidente da Argentina, que, segundo Girão, adotou medidas para cortar despesas públicas
Além disso, Girão condenou tentativas do governo de aumentar tributos, como a proposta de elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele destacou que, após reações do mercado e da sociedade, o governo recuou de parte das medidas, mas isso não é suficiente
A fala de Lula reacendeu debates sobre a postura do presidente em relação às questões do Nordeste e sobre a sensibilidade necessária ao tratar de temas que afetam diretamente a população. O episódio continua gerando discussões no cenário político nacional .