
O chamado Comitê Consultivo e Estratégico do Banco Master era composto por nomes de grande peso na política e no Judiciário, incluindo figuras diretamente ligadas ao atual governo. Integravam o grupo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-presidente do BC Gustavo Loyola. Com tamanha influência reunida no colegiado, aumentam as perguntas sobre como as irregularidades apontadas passaram despercebidas por tanto tempo.
A revelação ganhou força após denúncias sobre inconsistências nos balanços da instituição, mesmo com a presença de nomes experientes e supostamente especializados em governança e finanças. O jornalista Cláudio Dantas resumiu o espanto geral ao afirmar ser “difícil compreender” como um esquema de tamanha magnitude ocorreu “nas barbas de tantos notáveis”. Para ele, mais grave ainda foi o fato de todos terem permanecido no conselho recebendo “gordos jetons”, apesar das suspeitas já divulgadas pela imprensa.
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A participação de figuras diretamente ligadas ao governo Lula, como Lewandowski e Mantega, eleva a temperatura política do caso e gera forte cobrança por esclarecimentos. A sociedade se pergunta como nomes tão poderosos e experientes não identificaram — ou simplesmente ignoraram — as falhas apresentadas nos relatórios da instituição. A permanência no colegiado durante as denúncias reforça suspeitas de complacência ou, no mínimo, de grave omissão.
O episódio acende mais uma luz de alerta sobre o ambiente institucional brasileiro, especialmente diante das frequentes discussões sobre transparência e responsabilidade pública. A ausência de explicações convincentes por parte dos integrantes do “conselhão” aumenta a pressão para que autoridades independentes investiguem o caso com profundidade. A percepção é de que não se trata de um problema isolado, mas de um sintoma de falhas estruturais na relação entre poder político e instituições financeiras.
Diante do impacto do escândalo e das conexões com figuras de alto escalão do governo, cresce o clamor para que o Comitê Consultivo seja investigado de forma rigorosa. Para analistas, a credibilidade das instituições está em jogo, e qualquer tentativa de blindagem só aumentaria a desconfiança pública. A sociedade exige respostas, responsabilidade e transparência — e considera inaceitável que um colegiado com tamanha influência permaneça acima de qualquer escrutínio.
