Moro expõe farsa sobre asilo de condenada por corrupção

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) fez duras críticas ao governo Lula nesta semana ao acusar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, de mentir sobre o asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Segundo Moro, Vieira tentou enganar o Congresso e o povo brasileiro ao afirmar que a decisão foi “técnica e humanitária”.

A ex-primeira-dama foi condenada a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Mesmo assim, recebeu do governo brasileiro o status de asilada diplomática e foi transportada de Lima para Brasília num avião da Força Aérea Brasileira. Para Moro, a operação foi uma manobra política vergonhosa que compromete a imagem do Brasil no cenário internacional.

Moro ironizou dizendo que, “se duvidar, Nadine será nomeada ministra no governo Lula”, ao fazer referência à prática do petismo de proteger aliados políticos condenados. Segundo o senador, o Itamaraty atuou como extensão do partido, e não como uma instituição séria de política externa.

A imprensa peruana também condenou a atitude do Brasil, classificando o episódio como um ato de proteção a corruptos. A revolta tomou conta do país vizinho, e diversos veículos chamaram o gesto de Lula de “afronta direta” à Justiça do Peru. O caso gerou um mal-estar diplomático evidente.

Além disso, parlamentares da oposição no Brasil prometeram acionar os mecanismos legais para pedir explicações formais do governo. A pergunta que muitos fazem agora é: com que moral o Brasil exige respeito às leis, se abriga criminosos condenados por outros países?

Para Sergio Moro, esse caso escancara o padrão de comportamento do atual governo: blindar corruptos, atacar a Lava Jato e transformar o Brasil em esconderijo de condenados políticos, desde que estejam alinhados à cartilha da esquerda latino-americana. A crise, segundo ele, está longe de terminar.