
O julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia contra os seis integrantes do chamado “núcleo 2”, acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, teve continuidade nesta terça-feira (22/4) com a rejeição unânime das preliminares apresentadas pelas defesas. A sessão foi marcada pela firme manifestação do ministro Alexandre de Moraes, que “surtou” ao tentar refutar as alegações de nulidade processual e a acusação de que o STF teria manipulado provas.
“Salvo se a defesa comprovar que a Secretaria do STF fraudou provas — o que não ocorreu —, trata-se de uma alegação esdrúxula.
A Secretaria apenas facilitou o trabalho das defesas, disponibilizando um HD com os documentos. Não há qualquer evidência de fraude”, afirmou Moraes, acompanhado pelos demais ministros.
Entre os questionamentos das defesas estavam a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, a nulidade da delação de Mauro Cid, e a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Todos foram rejeitados. Moraes destacou que “não houve, em nenhum momento, qualquer indicação da defesa de distorção de fatos ou de que provas tenham sido ignoradas” por parte do Ministério Público.
Durante a sessão, os advogados dos réus sustentaram que as denúncias carecem de provas concretas e questionaram a competência do STF para julgar o caso.
Jornal da cidade