Depois de muito tempo, Moraes recua e acata o último e mais importante pedido de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), finalmente autorizou a oitiva das 15 testemunhas indicadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que tenta incriminá-lo por um suposto plano de golpe de Estado. Entre os nomes estão aliados de peso como o governador Tarcísio de Freitas, o senador General Mourão e os generais Pazuello e Marco Antônio Freire Gomes. A decisão vem após forte pressão da defesa, que denunciava a parcialidade e o desequilíbrio do processo.

Além disso, Moraes determinou que a defesa tenha acesso irrestrito a todas as provas reunidas pela investigação. Esse ponto era um dos principais argumentos dos advogados de Bolsonaro, que vinham sendo cerceados na tentativa de exercer seu direito ao contraditório. A liberação do material evidencia o quanto o processo vinha sendo conduzido de maneira obscura, sem a mínima transparência que se espera da mais alta Corte do país.

A decisão também se estende aos demais acusados do chamado “núcleo 1”, grupo que o STF alega ser o responsável por um plano fictício para romper a ordem democrática. É importante lembrar que todos os oito réus, incluindo Bolsonaro, foram transformados em alvo de um processo conduzido de maneira que coloca em xeque os limites constitucionais do Judiciário. Acusações genéricas, sem provas concretas e recheadas de ilações formam a base da denúncia.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro teria conhecimento de um plano chamado “Punhal Verde Amarelo”, o qual supostamente previa até assassinatos de autoridades — narrativa completamente absurda e rejeitada por qualquer pessoa minimamente sensata. A acusação também resgata a famigerada “minuta do golpe”, rascunho que nunca teve validade jurídica, mas vem sendo usada de forma politiqueira para tentar eliminar o ex-presidente do cenário eleitoral.

O que se vê é um processo montado para perseguir um adversário político e sustentar uma narrativa criada para desmoralizar a direita e criminalizar o conservadorismo. A defesa de Bolsonaro agora poderá, ao menos, começar a desmontar esse castelo de cartas montado com base em especulações e interesses ideológicos. A condução do inquérito desde o início tem levantado sérias dúvidas quanto à imparcialidade da Corte.

A cada novo movimento, fica claro que o objetivo não é garantir justiça, mas sim eliminar Bolsonaro do jogo político e tentar impedir o retorno da direita ao poder em 2026. O próprio fato de a defesa ter precisado implorar por acesso às provas é uma demonstração cabal do uso do aparato judicial como ferramenta de perseguição. O tempo e a verdade, porém, sempre prevalecem — e os que hoje abusam do poder, em breve, terão que prestar contas ao povo.