
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, publicou um vídeo logo após ser exonerado do cargo, afirmando encerrar sua passagem pelo governo com a “sensação de missão cumprida”. O discurso, típico de quem tenta manter aparências, ocorre em meio ao racha interno no Planalto e à pressa do presidente Lula em empurrar ainda mais seu governo para a esquerda, abrindo espaço para Guilherme Boulos (PSOL) assumir o posto.
Macêdo confirmou que pretende disputar as eleições de 2026, possivelmente para a Câmara dos Deputados por Sergipe, mas analistas políticos afirmam que sua saída foi determinada diretamente por Lula, que busca consolidar uma agenda radical e ideológica em ano pré-eleitoral. O ex-ministro, símbolo do lulismo tradicional, foi substituído por uma figura ligada ao núcleo mais militante do PT, o que reforça a guinada política do governo.
Em vídeo nas redes sociais, Macêdo afirmou:
“Estou saindo para ser candidato em 2026, e o Guilherme Boulos está entrando, porque não será candidato, para cuidar da gestão. Saio com a sensação de missão cumprida.”
Nos bastidores, porém, a avaliação é de que Lula se desfez de um aliado desgastado e sem relevância estratégica para entregar mais poder ao PSOL, em troca de apoio para a construção de uma frente ampla de esquerda nas próximas eleições. Mesmo tentando demonstrar gratidão, Macêdo sai melancolicamente, deixando claro o nível de desorganização e descontentamento interno no governo.
Mais uma troca que evidencia o caos administrativo e a ingerência ideológica de um governo que, a cada movimento, parece menos preocupado com o país e mais obcecado com o poder.