
Os médicos que acompanham o ex-presidente Jair Bolsonaro manifestaram duas preocupações centrais em relação ao seu estado de saúde. A primeira envolve uma esofagite crônica, que provoca refluxo e crises de soluço persistentes.
Essa condição já havia levado Bolsonaro a buscar atendimento de emergência em julho deste ano e, por orientação médica, suspender sua agenda naquele período. Segundo os profissionais, o problema está relacionado à facada sofrida em 2018, que deixou sequelas duradouras.
A segunda preocupação diz respeito ao risco de novas obstruções intestinais. O ex-presidente passou, em abril deste ano, por uma cirurgia considerada extremamente complexa para tratar o problema. Especialistas explicam que cirurgias no aparelho digestivo aumentam as chances de aderência das paredes do intestino, o que exige monitoramento constante para evitar complicações graves.
Conforme os médicos, a cada intervenção para desobstruir o intestino, a formação de novas aderências é inevitável, ampliando a necessidade de acompanhamento contínuo. O histórico de cirurgias e complicações reforça a preocupação com a possibilidade de novas internações de emergência.
Esse quadro de saúde delicado é um dos fatores que embasam pedidos de flexibilização das restrições impostas ao ex-presidente, permitindo que ele siga em tratamento especializado e preventivo. A avaliação médica deve pesar nas decisões judiciais sobre sua mobilidade para atendimentos.