
Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta quarta-feira (6 de agosto de 2025) que pretende entrar em contato com os líderes da Índia e da China para articular uma resposta coordenada entre países do BRICS às tarifas de até 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.
Durante uma entrevista à Reuters, Lula classificou a imposição das tarifas como um ataque unilateral à soberania dos países emergentes e declarou que “pequenos países têm zero poder de barganha sozinhos”. Ele deverá iniciar o diálogo com o primeiro-ministro Narendra Modi e o presidente Xi Jinping ainda nesta semana.
Como atual presidente do grupo BRICS, Lula vai propor uma discussão sobre os impactos individuais e coletivos das tarifas, buscando definir estratégias comuns e usar o bloco como plataforma diplomática no G20. A ideia é responder com unidade, mostrando força institucional diante da interferência americana.
O presidente ressaltou que o Brasil não retalia com tarifas próprias por ora, mas acelera a articulação diplomática e financeira. O país também estudará registrar reclamação conjunta na Organização Mundial do Comércio (OMC) com apoio dos demais integrantes do grupo.
Em síntese, Lula aposta em solidariedade geopolítica para enfrentar o “tarifaço” dos EUA. A mobilização junto à Índia, China e demais países emergentes pretende fortalecer a capacidade de resposta multilateral e evitar isolamento econômico no cenário global.