
O jornalista Paulo Figueiredo afirmou que os filhos do ministro Alexandre de Moraes — Alexandre Jr., Giuliana e Gabriela — podem ser incluídos nas sanções estipuladas pelos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky. Segundo ele, os três são sócios do Instituto Lex (25% cada) e também têm vínculos com o escritório Barci de Moraes Advogados, o que facilitaria a extensão das penalidades.
Figueiredo disse que, embora ainda não tenham sido sancionados, já há base jurídica suficiente para que os Estados Unidos escalem medidas contra os filhos de Moraes. Ele indicou que o governo americano opta por aplicar sanções de forma gradual, em etapas, para ampliar o impacto político e jurídico.
Nos registros societários, os três filhos estão vinculados ao Instituto Lex, instituição que possui bens apontados como propriedades da família Moraes, incluindo imóveis que compõem o patrimônio familiar. Essa vinculação é usada como argumento para justificar a inclusão deles nas sanções, caso Washington decida seguir nessa programação.
A conjuntura indica que o governo dos EUA pretende avançar contra “detentores de poderes abusivos” ou apoiadores de violações de direitos humanos. Ao sinalizar que os filhos de Moraes poderão entrar na lista de restrições, Figueiredo sugere que o alcance da penalidade poderá ultrapassar o ministro e atingir seu entorno familiar.
A notícia acende mais tensão no STF e no meio político: a possibilidade de sanções contra parentes de ministro é incomum e demonstra que Washington pode agir de forma contundente, indo além da pessoa pública para atingir estruturas privadas e familiares associadas a políticas do magistrado.