Jovem morre após 8 atendimentos e caso escancara falência do SUS

Lívia Goulart Belmiro, uma jovem de apenas 16 anos, morreu de forma trágica após buscar atendimento médico por oito vezes na rede pública de Canoas, no Rio Grande do Sul. A causa da morte foi uma infecção generalizada provocada por uma apendicite aguda não diagnosticada a tempo. O caso escancarou falhas gritantes no sistema de saúde da cidade.

A mãe da adolescente, Jaqueline Goulart, usou as redes sociais para desabafar sobre a dor que está enfrentando e denunciar a negligência médica.

Em uma publicação feita no dia 11 de abril, ela foi direta: “Minha filha faleceu por negligência médica. Foram dias pavorosos. Como vou seguir agora?”. A frase chocou o país e gerou revolta nas redes. Diante da gravidade da situação, o vereador Ezequiel Vargas (PL), de Canoas, decidiu agir e protocolou um pedido junto ao Ministério Público para o afastamento imediato de sete médicos da rede municipal. Segundo ele, o caso é grave demais para passar impune e exige uma resposta firme das autoridades competentes.

De acordo com o relatório apresentado pelo vereador, há fortes indícios de que os profissionais de saúde agiram com negligência. Os prontuários revelam que, em todas as idas de Lívia às unidades, os sintomas foram tratados com descaso. Em uma visita, disseram que era apenas “dor de barriga”; em outra, classificaram como “ansiedade”. A denúncia inclui documentos oficiais que comprovam que Lívia passou pelas mesmas unidades de saúde diversas vezes sem obter o diagnóstico correto.

A omissão dos médicos e a superficialidade nos atendimentos levaram ao agravamento do quadro e, por fim, à morte da jovem. O caso gerou comoção em todo o estado.

Agora, a população aguarda que a Justiça cumpra seu papel e responsabilize os envolvidos. O drama vivido pela família de Lívia não pode ser ignorado. A tragédia é um retrato fiel da falência de um sistema que deveria proteger vidas, mas que, neste caso, custou a vida de uma adolescente cheia de sonhos pela frente.