
A CNN Brasil revelou nesta quarta-feira (27) que a prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é vista como praticamente certa caso ele decida retornar ao Brasil. Fontes ligadas às investigações afirmam que, após o indiciamento formal pela Polícia Federal (PF), o cenário jurídico se tornou extremamente delicado para o parlamentar, com a possibilidade real de encarceramento imediato.
Segundo a emissora, o processo investigativo, já encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para eventual denúncia, tem como base ações atribuídas a Eduardo nos Estados Unidos. Entre os desdobramentos apontados pela PF estariam medidas que atingiram diretamente o Brasil, como a aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e até a inclusão de Alexandre de Moraes na temida Lei Magnitsky, além do cancelamento de vistos de diversos magistrados, incluindo Luís Roberto Barroso.
As investigações ainda destacam uma possível coordenação entre Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em depoimento, Bolsonaro confirmou ter ajudado financeiramente o filho a permanecer no exterior, utilizando parte das doações recebidas para o pagamento de multas eleitorais. Esse detalhe foi explorado pela PF como indício de ligação direta entre pai e filho na estratégia de pressão internacional contra o Judiciário brasileiro.
Atualmente, Eduardo não possui mandado de prisão em aberto, mas a avaliação nos bastidores é de que o retorno ao Brasil poderia acelerar um pedido de prisão preventiva. A própria CNN ressalta que o parlamentar pretende viajar em breve à Europa para repetir a ofensiva que fez nos Estados Unidos contra ministros do STF, o que deve ampliar ainda mais a tensão com o Judiciário. O recado parece claro: se Eduardo voltar ao país, a prisão está no radar imediato de Moraes e da PGR.