Nesta terça-feira (21), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu voto pela invalidação da ação penal movida contra os sete acusados do núcleo 4 da suposta conspiração golpista, grupo ligado à produção e disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.

Fux ainda lançou críticas veladas ao confrade Gilmar Mendes, em meio a uma sequência de embates públicos entre os dois nas últimas semanas. O julgador foi o terceiro a se manifestar no processo, tornando-se o primeiro a se opor ao relator, Alexandre de Moraes, que pleiteou a punição de todos os envolvidos.

Antes dele, o ministro Cristiano Zanin havia endossado por completo a posição de Moraes, fixando o placar em 2 a 0 favorável à condenação. Em seu posicionamento, Fux argumentou que o caso não caberia à Primeira Turma, mas sim ao plenário completo do STF, e defendeu a anulação total do procedimento. Ele apresentou sua visão como uma reavaliação de convicções anteriores, admitindo que o decurso do tempo lhe proporcionou uma perspectiva “mais compassiva e ponderada” em relação aos julgamentos dos participantes da suposta rama golpista

“O decurso dos dias cultiva em nós a sensibilidade humana e a ousadia para rever nossas próprias sentenças. O padecimento daqueles que esperam pela equidade não pode ser desperdiçado”, declarou o ministro. Fux havia respaldado as condenações dos réus vinculados aos eventos de 8 de janeiro, mas alterou seu entendimento em 2025.

Ele já havia se posicionado pela absolvição de Jair Bolsonaro no núcleo principal da trama golpista, sendo o único da Corte a se opor à sentença contra o ex-mandatário. Ataque indireto a GilmarSem mencionar nomes, Fux censurou colegas que “não integram os julgamentos da Turma”, numa alusão velada a Gilmar Mendes.

Os dois trocaram farpas na semana anterior, quando o decano questionou a postura de Fux no julgamento do ex-presidente Bolsonaro. Na réplica, Fux retrucou que Gilmar “não tem legitimidade para se manifestar sobre processos que não participa”.“Ao reduzir a jurisdição originária a uma das Turmas, estaríamos calando as opiniões de ministros que poderiam expressar, dentro dos autos e não além deles, suas perspectivas”, rebateu Fux, em tom de contra-argumento.

O ministro acrescentou que opiniões “além dos autos” contrariam a Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e “desvalorizam o papel do plenário” nas deliberações da Corte.Processo em cursoO julgamento do núcleo 4 da conspiração golpista aguarda ainda os posicionamentos de Cármen Lúcia e Flávio Dino, que podem consolidar a maioria pela punição.

Um voto extra basta para firmar o resultado. Em seguida, a Corte passará à fase de dosimetria das sanções, que estabelece a duração das penas e os fatores agravantes individuais. Os indiciados nesse núcleo compreendem cinco militares, um servidor da Polícia Federal e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, dirigente do Instituto Voto Legal, organização supostamente responsável por elaborar laudos falsos sobre fraudes eleitorais nas urnas, com financiamento oriundo do Partido Liberal (PL).

By Jornal da Direita Online

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