O FBI iniciou uma investigação sobre uma falsificação em um documento que teria embasado a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

A informação foi divulgada pela defesa de Martins, representada pelo advogado Ricardo Fernandes.

Segundo o advogado, há indícios de manipulação em registros migratórios apresentados no processo, e tanto autoridades americanas quanto brasileiras apuram como o documento fraudado teria sido criado e utilizado. O caso ganhou força após o governo dos Estados Unidos confirmar oficialmente que Martins não entrou no país na data mencionada pela acusação.

“Nós acreditamos que essa situação nova, essa nota apresentada pelo governo americano, muda substancialmente o cenário do nosso cliente e talvez de todos os outros envolvidos no processo”, afirmou Fernandes.

A defesa sustenta que a prisão preventiva de Filipe Martins foi fundamentada em um arquivo digital encontrado no computador do tenente-coronel Mauro Cid, delator no caso.

“A prisão preventiva dele foi pedida com base em um documento encontrado no computador do delator Mauro Cid. Um documento .docx, ou seja, um documento editável, sem qualquer segurança de que aqueles dados estavam de fato corretos”, explicou o advogado.

Para comprovar a inconsistência, Fernandes disse ter buscado diretamente o CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos), em Orlando. O órgão teria confirmado que não há registro de entrada de Martins na data investigada.

“Consultamos o I-94, documento oficial de registro de entrada nos EUA, e o CBP afirmou categoricamente: não existe registro, pois não há viagens do Sr. Filipe Martins nessa data. A última entrada dele nos Estados Unidos foi em Nova York, em setembro de 2022”, detalhou.

O advogado considera plausível a hipótese de manipulação de provas, mas afirma que detalhes do caso estão sob sigilo judicial. Segundo ele, a Polícia Federal já possuía dados que comprovavam que Martins não havia deixado o Brasil — informações obtidas por meio de geolocalização de celular e registros de aplicativos de transporte.

“A Polícia Federal sabia que Filipe Martins jamais deixou o país. Desde outubro de 2023, eles tinham os dados de geolocalização do celular dele e as informações de Uber, inclusive em tempo real. Mesmo assim, pediram a prisão com base apenas em uma lista”, disse Fernandes.

O advogado classificou a prisão do ex-assessor como “precipitada e baseada em elementos frágeis”, destacando que os novos desdobramentos poderão alterar de forma significativa o rumo do processo. A apuração do FBI, caso confirme a fraude, pode colocar em xeque não apenas a legalidade da prisão, mas também a conduta das autoridades envolvidas na investigação, principalmente Alexandre de Moraes.

Jornal da cidade

By Jornal da Direita Online

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