
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantenha em sigilo o inquérito que investiga o vazamento de mensagens trocadas entre membros do tribunal. As conversas levantam suspeitas sobre a existência de relatórios paralelos, sem valor oficial, mas que supostamente serviram de base para decisões judiciais polêmicas.
Durante a gestão de Moraes no TSE, Tagliaferro ocupava o cargo de chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação. Agora, seu nome aparece como possível responsável pelo vazamento desse material sensível. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento e afirma estar colaborando com a Polícia Federal para esclarecer os fatos.
A defesa do ex-assessor também solicitou que o ministro Alexandre de Moraes fosse afastado do caso, alegando evidente conflito de interesse, já que o próprio ministro aparece nas mensagens investigadas. Para os advogados, não há como garantir imparcialidade na condução do processo por parte de Moraes.
Mesmo diante da gravidade das suspeitas e da ligação direta de Moraes com os conteúdos analisados, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido de afastamento. Segundo ele, não há fundamento legal para impedir Moraes de continuar à frente do caso, decisão que, como já se tornou rotina, levanta sérias dúvidas sobre a transparência dentro da Suprema Corte.