
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) protocolou um ofício pedindo que o governo local realize avaliações médicas em todos os detentos do sistema prisional do DF. A iniciativa partiu do deputado Fábio Felix (PSOL), logo após o GDF solicitar ao ministro Alexandre de Moraes que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse submetido a um exame médico para verificar a compatibilidade de seu estado de saúde com as condições das penitenciárias de Brasília.
No documento, Fábio Felix classificou como “louvável” a preocupação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) com a saúde do ex-presidente, mas disse ter recebido a medida com “auspiciosa surpresa”. Segundo o parlamentar, a avaliação médica não pode ser aplicada de forma “seletiva”, citando o princípio da isonomia previsto no artigo 5º da Constituição Federal. Ele ainda mencionou o alto índice de doenças e mortes no sistema prisional e defendeu que todos os detentos tenham o mesmo direito.
Na prática, o que o deputado tenta é desviar o foco do caso Bolsonaro, transformando uma medida pontual e legítima em mais um ato político contra o ex-presidente. O tom irônico usado no ofício, elogiando o zelo do GDF, soa mais como provocação do que como defesa de direitos humanos. A esquerda, mais uma vez, tenta explorar qualquer ação relacionada a Bolsonaro para criar polêmica e tensionar o debate público, mesmo quando o assunto é puramente técnico e de saúde.
A resposta veio rapidamente: no mesmo dia, Alexandre de Moraes considerou o pedido do GDF “impertinente” e mandou retirar o requerimento dos autos do processo que trata do chamado “núcleo 1 da suposta trama golpista”.
A decisão demonstra o clima de interferência política e resistência dentro da própria Justiça, em um momento de crescente pressão sobre o STF e seus ministros. Para muitos, a postura de Moraes reflete mais uma tentativa de conter o desgaste público do tribunal diante da opinião popular, que vê com desconfiança as decisões envolvendo Bolsonaro.
O episódio expõe, novamente, o contraste entre o tratamento dispensado ao ex-presidente e a militância da esquerda, que insiste em usar o discurso dos direitos humanos como escudo político para atacar adversários. Enquanto o PSOL tenta transformar o caso em espetáculo, a preocupação real com a saúde e segurança nas prisões — inclusive de um ex-chefe de Estado — continua sendo tratada com desprezo por quem deveria priorizar a justiça e o bom senso.
