
A prisão do banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, abriu um novo flanco de tensão política ao escancarar conexões incômodas dentro do governo e de figuras influentes do mercado financeiro. Informações de bastidores indicam que Fernando Haddad e o empresário André Esteves, do BTG Pactual, tiveram participação direta nas articulações que antecederam a operação da Polícia Federal. Esse envolvimento, naturalmente, levanta suspeitas sobre interesses paralelos dentro da administração petista e pressões que não aparecem nas versões oficiais.
O suposto engajamento de Haddad torna o cenário ainda mais nebuloso, especialmente porque o caso estoura em meio à fragilidade institucional do governo e ao desgaste provocado por escândalos financeiros recentes. A entrada em cena do advogado Walfrido Warde, conhecido pelo estilo combativo, indica que Vorcaro pretende reagir com força às acusações. O ambiente já é explosivo, e cada movimento sugere que o caso pode se transformar em uma disputa política de alto impacto.
Outro detalhe que chama atenção é o envolvimento do escritório Barci de Moraes, comandado pela esposa do ministro Alexandre de Moraes, que já atuou em temas ligados ao Banco Master. O vínculo, ainda que técnico, levanta questionamentos sobre potenciais conflitos de interesse, sobretudo quando se observa que a ação da PF pode acabar na mesa de Moraes por qualquer desdobramento judicial. Para piorar, o governo tenta fingir normalidade enquanto a crise avança.
A lista de nomes ligados a Vorcaro é ainda mais extensa. O ex-presidente Michel Temer teria atuado como consultor do banqueiro, enquanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também já recebeu pagamentos para integrar um comitê estratégico criado pelo próprio Vorcaro. Essa teia de relações ilustra como a operação batizada de “Compliance Zero” ultrapassa a esfera policial e escancara um labirinto político onde interesses bilionários e influência estatal se misturam. É o retrato perfeito do Brasil sob o PT.
