
Em mais um movimento polêmico, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, voltou a mirar contra a família Bolsonaro. Dessa vez, o alvo é Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de tentar interferir no processo penal que apura suposta tentativa de golpe por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo afastado do mandato, Eduardo segue denunciando abusos do sistema, o que claramente incomoda o magistrado.
A nova “irritação” de Moraes surgiu após uma publicação de Eduardo nas redes sociais, feita no último dia 29 de junho. No post, o deputado compartilhou o vídeo de Gustavo Gayer (PL-GO), que afirmou em inglês que o “sistema judiciário é o maior risco à democracia brasileira”. Eduardo ainda escreveu que “a única forma de alinhar o Brasil ao Ocidente é por meio de Bolsonaro e de sanção a Moraes”.

Para Moraes, esse tipo de fala ultrapassa os limites da opinião. O ministro classificou a publicação como uma suposta tentativa de interferência direta no inquérito que investiga Jair Bolsonaro. Em reação, ordenou que o vídeo e o post fossem anexados à investigação contra Eduardo, que já é acusado de coação, obstrução de justiça e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.
A PGR foi acionada para se manifestar sobre a conduta de Eduardo, que segue nos Estados Unidos denunciando perseguição política. Ele afirma estar sendo censurado por exercer seu direito à liberdade de expressão, algo que tem sido cada vez mais atacado por parte do STF. Para o deputado, está claro que o que se vive no Brasil é um verdadeiro “tribunal de exceção”.
Mais uma vez, o Supremo se distancia da Constituição ao tratar críticas como crimes. O povo brasileiro assiste, perplexo, à escalada autoritária de um ministro que já ultrapassou todos os limites. Ao invés de proteger a democracia, Moraes parece disposto a calá-la com punho de ferro, mirando quem ousa levantar a voz contra seus abusos.